segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O problema é a (falta de) educação

A minha mãe sempre disse: maus hábitos praticados em casa, são vícios que as pessoas levam para as ruas. Pude comprovar isso outro dia num restaurante.
Um casal, sentado numa mesa próxima, conversava friamente durante o almoço, embora jovens, pareciam estar casados há tempo demais. De repente, pro meu assombro, a mulher para de comer, abre a bolsa, pega um fio dental, e começa a limpar os dentes ali mesmo na mesa. Eu acho, o hábito de palitar os dentes à mesa suficientemente nojento e que deveria ser banido de um restaurante aquele que o pratica, mas não é pra substituir o palito pelo fio dental à mesa. Como se não bastasse desengatar a comida dos dentes no meio do restaurante, o ser humano citado pôs o fio dental usado em cima da mesa e alguns minutos depois usou o mesmo fio novamente. Meu Deus! Quer economizar, compre um carro flex, coma em casa, ou faça compras num mercado mais barato, mas por favor, por gentileza, por educação ou por hábitos de higiene. Levante-se, vá ao banheiro e lá faça a higienização da sua boca do jeito que mais lhe agradar e não reutilize o fio dental, o seu dentista agradece.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pablo Picasso ou ele só tinha 13 anos?

Quando eu era criança, li um livro falando sobre a vida e a obra de Pablo Picasso, gostei muito e foi a partir deste livro que comecei minha biblioteca pessoal aos 8 anos. Semana passada, tentando resolver
uma briga entre dois alunos, os pus juntos lendo o livro em questão. Dei um exempla para dividirem, e depois de um tempo eles estavam até gostando, um lia uma página e o outro lia a página seguinte; então, num dado momento, eles ficaram extasiados quando descobriram que Picasso tinha somente 13 anos quando pintou A menina dos pés descalços. E eu, enquanto professora fiquei emocionada, afinal, não é todo dia que dois adolescentes se interessam por Picasso.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Ilíada ou o pior aluno da escola?


Estamos vivendo em uma sociedade caótica, esquizofrênica e bipolar.
De um lado professores bolorentos, que se recusam a se aposentar e a dar lugar para quem tem energia, paciência e compreensão do mundo moderno. Não estou aqui para falar de salários, planos de carreira e aposentadoria, estou aqui pra falar de métodos arcaicos, ineficazes e desinteressantes de aula, combinados a grandes ameaça da sala de leitura.
Porque a biblioteca escolar precisa ser um lugar de castigo? Será que ninguém percebe que assim não estamos estimulando os alunos a ler?
Na verdade é pior. Quando um professor ameaça um aluno com a sala de leitura, ele só estimula o ódio do aluno pelos livros.
Hoje, eu estava na sala de leitura, quando um aluno foi jogado nas minhas mãos com a seguinte ordem:- esse é o pior aluno da escola. Pode encher ele de trabalho!
Missão dada, missão cumprida.
Depois da montanha de exercícios, falei ao menino que ele poderia escolher um livro pra ler e perguntei se ele tinha algum livro preferido, e para minha surpresa ele gostava da Ilíada.

domingo, 27 de março de 2011

A mãe e o menino

-Menino! Já pra dentro! - Grita a mãe furiosa. O menino entra em casa retrucando, a mãe pensa em dar-lhe um tapa, mas corre pra cozinha ao sentir o cheiro de queimado. Sozinho, o menino senta no tapete e pensa no que poderia ter feito para a mãe ficar tão alterada.
Passados alguns minutos, não encontrando a resposta liga a tv, põe um DVD infantil e começa a pular e cantar, enquanto isso, a mãe sai da cozinha para ver o que está acontecendo e vê que seu filho está "brincando comportado", e volta aos seus afazeres domésticos intrigadacom a habilidade de uma criança de menos de 5 anos em operar aparelhos eletrônicos.
Logo esquece e continua a cozinhar. Alguns minutos depois, o almoço fica pronto e da cozinha ela grita desesperada para que o filho venha almoçar, da rua os vizinhos ouvem seus gritos, contudo, o garoto parece não se importar pois ainda esta cantando com a tv. Como não é atendida, corre até a sala carrega o menino pelo braço até a cozinha e o faz almoçar "as carreiras". Depois de tudo isso, banha o filho e o apronta para a escola. Enquanto isso chega uma vizinha que se dispõe a levar o menino para o colégio, já que tem que levar seu filho também. E ela senta na varanda para descansar pensando se um dia seu filho vai obedece-la sem dar trabalho e o menino parte tentando entender por quê a mãe brigou tanto com ele sem que tivesse feito nada.