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quarta-feira, 25 de março de 2015

Tolerância é a chave para a felicidade

Nasci numa família nada convencional, meu pai, o homem que nunca quis ter filhos, teve quatro, com duas mulheres diferentes e num intervalo de tempo ridículo. Sempre quis que os filhos crescessem unidos e amigos. E embora tivesse modos pouco ortodoxos pra fazer isso acontecer obteve êxito.
Já na adolescência nos unimos contra ele (como todo filho adolescente). Como irmãos, brigamos, gritamos, esperneamos e implicamos uns com os outros. Mas não se meta a besta com nenhum de nós ou os quatro acabaremos com você... Rs
Temos gostos diferentes: eu gosto de roxo, o João de rosa, a Gabi de verde e o Vinicius acha isso frescura. Não temos muitas coisas em comum, as playlists sempre foram uma zona quando tínhamos que dividir um computador, privacidade era difícil, mas crescemos com o sentimento da coletividade. Exceto quando se trata de vídeo games. Aí o negócio fica sério. Mesmo assim, vamos vivendo, nos amando, nos aturando e nos apoiando.
Agora imagina se o meu pai fosse um homem convencional, no estilo de família que se está pregando nas ruas?
Bem, como a família seria eu não sei, mas garanto que eu não teria nascido.

terça-feira, 5 de março de 2013

Ser criança é ter avó

Ser criança é ter avó e todo mundo tem duas, certo? Bem, como eu não sou todo mundo e minha infância foi muito diferente, eu tive 8, isso mesmo, OITO AVÓS, e não tive mais, por quê achei exagero.
Hoje eu levantei da cama ainda dormindo, arrastei o chinelo até a cozinha para fazer café, e me deparei com um bolo de cenoura maravilhoso, que me trouxe lembranças de Vó.
Posso dizer que quando menina, fiz a "revolução industrial" das avós. Tinha uma que me viu nascer, essa esteve sempre ao lado da minha mãe, e freqüentava assiduamente as festas do meu colégio, sua mãe, também era a minha Vó, e foi quem me ensinou a comer tangerina pacientemente gominho por gominho, tirando toda a pele, já a mãe dela, era a Vó que fazia canjica.
Tive três gerações de avós na mesma família.
Além destas, tinha outras.
A que fazia um bolo de cenoura inesquecível, a que era casada com o meu avô, tinha uma casa com piscina e dirigia. Ah, eu adorava passear de carro com a minha Vó. A irmã dela, que tinha uma casa com flores bonitas na entrada e morava perto de uma pracinha muito legal de brincar.
Tinha também a madrinha da minha mãe, aquela que faz festa toda vez que a gente chega, fala alto e esta sempre animada. E por ultimo, mas não menos importante, tinha a mãe do meu pai, que me dava café com leite em xícaras de porcelana, o que fazia com que eu me sentisse adulta aos seis anos. E eu tomava conta dela, enquanto ela dormia ouvindo a Ave Maria no rádio. Bom, essas são as minhas avós, e é claro que além dessas eu tinha mais duas, uma que era avó dos meus irmãos e a outra que era avó da afilhada da minha mãe, mas catei todas pra mim. E não tem um dia que eu não pense nelas. Toda criança tem que ter avó. Eu tive várias e amei todas, mas as vezes sinto falta da que não tive, a mais importante. A mãe da minha mãe.

Ps: não sei se foram realmente 8, contem aí e me falem depois.

domingo, 27 de março de 2011

A mãe e o menino

-Menino! Já pra dentro! - Grita a mãe furiosa. O menino entra em casa retrucando, a mãe pensa em dar-lhe um tapa, mas corre pra cozinha ao sentir o cheiro de queimado. Sozinho, o menino senta no tapete e pensa no que poderia ter feito para a mãe ficar tão alterada.
Passados alguns minutos, não encontrando a resposta liga a tv, põe um DVD infantil e começa a pular e cantar, enquanto isso, a mãe sai da cozinha para ver o que está acontecendo e vê que seu filho está "brincando comportado", e volta aos seus afazeres domésticos intrigadacom a habilidade de uma criança de menos de 5 anos em operar aparelhos eletrônicos.
Logo esquece e continua a cozinhar. Alguns minutos depois, o almoço fica pronto e da cozinha ela grita desesperada para que o filho venha almoçar, da rua os vizinhos ouvem seus gritos, contudo, o garoto parece não se importar pois ainda esta cantando com a tv. Como não é atendida, corre até a sala carrega o menino pelo braço até a cozinha e o faz almoçar "as carreiras". Depois de tudo isso, banha o filho e o apronta para a escola. Enquanto isso chega uma vizinha que se dispõe a levar o menino para o colégio, já que tem que levar seu filho também. E ela senta na varanda para descansar pensando se um dia seu filho vai obedece-la sem dar trabalho e o menino parte tentando entender por quê a mãe brigou tanto com ele sem que tivesse feito nada.