terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Educação e inclusão digital

Em 2006 um adolescente andava pelas ruas com uma camisa do Che Guevara. Quando questionado sobre quem era o ídolo estampado em sua camisa respondeu: - É o atual presidente da Venezuela. Resposta que causou um espanto imediato nos presentes, e um amigo, querendo corrigi-lo, disse: - Na verdade é o presidente de Cuba. - Causando total perplexidade em todos ao redor.
Bem, esse é o retrato típico dos jovens do século XXI. Depois de anos de lutar por liberdade política, religiosa, pelo acesso a informação, chegamos a era google. Tempo de globalização, universalização do conhecimento/informação, facilidade de acesso, inclusão digital, internet a R$ 0,50 por minuto e ninguém sabe de nada.
Noutrora, existiam homens de 14 anos, responsáveis pelo sustento da família, pela segurança de impérios, pela continuidade de linhagens reais. Como por exemplo Aníbal, general cartaginês, chefe do exercito e herdeiro do império. Hoje, vivemos num mundo em que o príncipe Charles esta chegou aos 64 anos agarrado na saia da mãe, e como ele, existem muitos meninos acima de 40 anos que não passam de crianças grandes.
Voltando aos adolescentes do inicio do post, um deles, certa vez, confundiu, Nelson Rodrigues com Ney Matogrosso, por isso vou encerrar com uma citação de Nelson Rodrigues.


"O grande acontecimento do século foi a ascensão espantosa e fulminante do idiota."

Um comentário:

  1. Pois é, Beatriz.
    Veja você.
    Com tantos recursos à nossa disposição, a desinformação grassa por aí.
    Acho que os "HDs" estão superlotados com informações desnecessárias e superficiais.
    O currículo escolar contempla um sem número de matérias e de conteúdos que serão esquecidos.
    As aulas devem ser "dinâmicas", entendendo-se por dinamismo uma parafernália áudio-visual e, por vezes, sensorial, que visa, não a atender as necessidades de aprendizagem específica de cada aluno, mas, antes, a confundi-lo e a estimulá-lo à falta de concentração no texto escrito e a realização de uma atividade específica por vez.
    A velocidade tem de ser estonteante e todos terminamos tontos e embriagados pela pós-modernidade.
    Não é à toa que se verifica a ascensão do idiota...

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